Título: O Solitário na Congregação
Parte 1: O João Invisível
João observava o movimento da congregação cristã como quem assiste a um espetáculo de longe. Seus olhos, muitas vezes abaixados, acompanhavam as pessoas que se cumprimentavam calorosamente, compartilhavam sorrisos e histórias de vida. Ele se sentia como um espectador solitário em um teatro lotado, onde todos tinham seus papéis definidos, exceto ele.
Era um jovem de semblante sereno, com os olhos que refletiam uma profunda introspecção. Ele não era tímido por natureza, mas a sensação de não pertencer o mantinha nas sombras, como se fosse invisível aos olhos dos outros.
Na congregação, todos conheciam João, mas poucos realmente o entendiam. Ele não era do tipo que se abria facilmente, e sua quietude era muitas vezes interpretada como desinteresse. No entanto, por trás da sua fachada de indiferença, havia um mundo de sentimentos e pensamentos que ele guardava para si mesmo.
As semanas se passavam, e João continuava a ser um observador solitário no meio da congregação. As pessoas o cumprimentavam com sorrisos educados, mas raramente se aprofundavam em conversas com ele. Ele não era parte das rodas de amigos que se formavam após os cultos, nem era convidado para os eventos sociais que aconteciam regularmente.
Às vezes, João se questionava se algo estava errado com ele. Será que era sua própria natureza que o afastava dos outros, ou será que era a falta de esforço dos outros em entendê-lo? Ele tentava se convencer de que preferia sua solidão, mas havia uma voz dentro dele que ansiava por conexão genuína, por pertencimento.
E assim, enquanto a vida na congregação continuava seu curso, uma pergunta pairava no ar, sutil, mas persistente: o que faremos com João?
João pode ser eu, pode ser você, pode ser alguém que congrega na sua igreja.
Muito eu com certeza. Amei essa estória!
ResponderExcluirAs vezes nos fechamos em nosso grupo e esquecemos de pessoas que estão perto de nós e não percebemos que elas precisam de ajuda.
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